Então a culpa é de quem???
Onze dias
depois da pior rebelião da capital amazonense, o clima de insegurança e
incerteza continua. O maior massacre da história prisional do Estado já fez 64
vítimas. 56 no Complexo Penitenciário Anísio Jobim, 4 na Unidade Prisional do
Puraquequara, e 4 na Cadeia Pública Raimundo Vidal Pessoa. Atualmente a população carcerária do Amazonas
é de 7.534, um excedente de 3.899 presos.
A situação
parece não ter controle e, por conta disso, hoje, chegaram a Manaus cerca de
100 homens da Força de Segurança Nacional e uma equipe de 10 agentes do Departamento
Penitenciário (Depen) do Ministério da Justiça para o Amazonas. Eles farão um
diagnóstico nas penitenciárias do estado. Também farão o treinamento de agentes
penitenciários. No caso daqueles que são
servidores do Estado, os cursos serão bancados pelo Governo Federal. E no caso dos agentes terceirizados, haverá
ressarcimento das empresas que os contrataram.
Enquanto a
Força Nacional chega, a Defensoria Pública da União (DPU) ajuizou no Supremo
Tribunal Federal (STF) uma reclamação com pedido de liminar para que o Governo
do Estado do Amazonas cumpra as decisões do próprio Supremo, que é a garantia dos
direitos dos presos como a progressão das penas e aplicação do regime
domiciliar quando houver falta de vagas em estabelecimentos adequados. Mas e
como fica a população nas ruas?
Insegurança nas ruas da capital
Nas ruas de
Manaus, apesar de todo anuncio de reforço policial, a população sente-se
insegura, afinal de contas são 184 presos foragidos, e apenas 70 recapturados. E
para piorar a situação, pessoas mal-intencionadas divulgam notícias falsas nas
redes sociais e tentam levar terror para a população.
Foi o que
aconteceu na última sexta-feira, em que se espalhou a notícia de arrastões no
centro da capital. Vários foram os relatos, mas não houve registro de nenhuma
imagem. Isso também colaborou para que batedores de carteiras e bandidos que
permanecem no local, tirassem proveito da situação.