domingo, 16 de setembro de 2012

Viagem ao Peru II

No dia seguinte a fomos para oeste de Cusco visitar, Maras, Moray e salineras.

No caminho, passamos em um marcado de artesãos, onde eram confeccionados principalmente tecidos. O mais interessante eram as culturas que eram utilizadas para o tingimento, lavagem e manufatura.


Na chegada, o famoso chá de coca era oferecido aos visitantes


O bom humor das artesãs também era fascinante.



Maras se encontra a uma altitude de 3.380 metros. Via Cusco – Chinchero  de 48,8 quilômetros (é mais recomendável ir de carro por conta da estrada ser de asfalto).
No povoado de Maras, se aprecia a cadeia de montanhas nevados do Vale Sagrado dos Incas e de Vilcabamba. 



Do povoado de Maras começam duas vias, uma ao complexo arqueologico de Moray e a outra as minas de sal de Maras, ambas com uma distancia aproximada de 6 Km.




Salineras de Maras

Impresionante complexo de exploracao de sal, situado em Qoripujio, a uma distanca aproximada de 4 quilômetros do povo de Maras. É importante levar soles porque lá tem um pequeno complexo com barraquinhas de artesanato. Na entrada, pessoas vestidas tipicamente te aguardam para a famosa foto, mas sem esquecer da "propina". 


Oferecem desde sais para banho, medicinais, temparados para usar na culinária, até objetos. A entrada para o complexo custa 16 soles e não está incluído no ticket turístico.



As minas de sal, as quais eram explotadas desde o inkanato como meio de intercambio economico e de valores. 



De Maras se pode visitar as minas de sal por uma estrada, onde é comum encontrar acemilas que carregam os sacos de sal extraidas das salinas naturais.


Moray

Situa-se a 53 Km, de Cusco, com uma altitude de 3.385 metros. Ao sudoeste de Maras se encontra Moray, grupo arqueologico unico em seu genero na regiao. 


Consiste em depressões e buracos naturais gigantescos, que foram utilizados como laboratórios pelos incas para testar como diferentes culturas agrículas se comportavam em determinadas temperaturas, com seus respectivos canais de irrigacao.


O que chama a atencao é a diferença de temperatura ao ano entre a parte superior e o fundo das depressões, essa diferença chega a ter ate 15°C.
 O maior buraco tem uma profundidade de 150 metros e uma media de altura de 1,80 metros, uma das outras.


As estruturas encontradas são tipicamente incas, não obstante, alguns sugerem que se trata de estruturas anteriores, pelo menos nas partes inferiores. Se estima tambem que o fundo esta sobre uma formacão rochosa natural muito porosa que facilita a infiltração ao interior da terra, no fundo das depressões não se produzem inundações na epoca das chuvas.



Depois de toda essa beleza, voltamos a Cusco. Antes de descansar, é hora de comer alguma coisa. E a sugestão foi o restaurante El meson de Don Tomas


Com direito a música peruana


A comida era muito boa e barata nesse lugar, apesar disso, eu não conseguia comer muito. Pedi carne de alpaca porque queria provar da carne tradicional do lugar.


 Por fim a sobremesa deliciosa, sorvete de fresa com lucuma


Total das despesas, não deu S25. Nada saiu do meu bolso porque foi cortesia da agência que demorou a me oferecer o box lunch.

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Viagem ao Peru


A idéia surgiu há três meses quando decidi ir ao Peru. A alta do euro e dólar me fizeram trocar um destino europeu por um roteiro latino americano. A troca não foi assim tão simples, antes, cheguei a pesquisar as diferenças de preços entre pacotes para o Chile e Argentina, mas isso nem foi tão decisivo. 
O mês de julho é alta estação e também época de temperaturas baixas nesses países. Eu não estava disposto a ir pra neve desta vez. Por que não escolher algo mais exótico? A resposta foi Peru. Aliás, os livros sempre mostravam as belezas da cultura Inca.

Enfim, decidido o destino, é hora de procurar agências qualificadas que ofereçam o mínimo de conforto e bons serviços. Foi então que achei na internet a Machu Picchu Brasil. Foram dois meses de conversas e pesquisas até o fechamento do pacote.


15/07 - Manaus - Lima, Peru.
Aeroporto Internacional Jorge Chávez

De Manaus até Lima foram mais ou menos 12 horas dentro de um avião entre escalas e conexões. Não há vôos diretos entre Manaus e Lima, então só me restava ir até Guarulhos para de lá ir até Lima. Viagem cansativa, viu?
Como se não bastasse o consaço da viagem, o vôo da Lan que partia de Guarulhos até Lima teve problemas elétricos e atrasou umas duas horas.

Vista hotel Los Delfines
Chegamos a Lima, as 13h, com um certo atraso, e isso nos fez perder a conexão para Cusco. Ficamos uma hora no aeroporto, pois as bagagens do grupo de 12 brasileiros não chegou. A companhia aérea nos colocou no hotel Los Delfines, um cinco estrelas com um restaurante maravilhoso e também um cassino.

Rua de Miraflores
Ainda durante o almoço, eu e mais alguns brasileiros combinamos de sair para conhecermos Lima. Fomos ao bairro Miraflores, um dos lugares boêmios da cidade. 
O local é bem atraente com bares, restaurantes, boates e praças. A movimentação de turistas é grande e de todo tipo de gente também. O bom é que do hotel para o lugar não se gastava mais do que S. 10. Comemos um combinado de frutos do mar e enfim provei a famosa bebida peruana, o "pisco" que eu não gostei nem um pouco. 


No dia seguinte, embarquei para Cusco pois meu destino turístico tinha que prosseguir. Eis mais uma hora de vôo até a próxima cidade. Chegamos a Cusco por volta de 14h30, o dia estava ensolarado e com uma boa temperatura, o que me lembrava muito de casa.  

No Aeroporto Internacional Alejandro Velascos Astete, em Cusco, a nossa guia, Mirela, nos aguardava com uma plaquinha da agência. 
Durante o caminho do aeroporto até o hotel, eu pude ver o quanto o trânsito da cidade era complicado. Quase não havia semáforos e nas rotatorias os motoristas não se entendiam. Na visão de um turista, aquilo tudo era muito engraçado, pois eu não conseguiria dirigir cem metros ali sem bater meu carro. Apesar de tudo, não via estresse em ninguém, ao contrário, riam sempre.


Chegamos até o Los Andes de América, da bandeira Best Western, que era um modesto hotel três estrelas. O bom além das pessoas, sempre dispostas, era a localização, a poucos metros da Plaza das Armas, o principal point do centro de Cusco.
Hotel Los Andes de América

O prédio, assim como toda vizinhança, é um casarão antigo, que pertence a uma ordem da igreja católica. Aqui pelo que eu soube, praticamente todo o centro histórico pertence a ela, então os aluguéis e tudo vão para esses cofres, como se não bastasse a renda das visitas a alguns monumentos. 
A primeira impressão é a que fica, e foi muito boa, pois Cusco, apesar dos prédios antigos, é limpa e conservada. As ruas, em pedras, sem nenhum papel no chão.


Chá de Coca
Chá de coca
A primeira coisa que nos oferecem é o chá de coca, pois ajuda a minimizar o mal de altitude (soroche).
O chá, além de hidratar, contém flavanóides antioxidantes, que reduzem o dano celular e previnem doenças. Além do chá de coca (também chamado mate de coca), mascar as folhas da planta é atividade comum nos Andes. Tanto a extração com água quanto a mastigação liberam substâncias alcalóides com efeitos estimulantes, digestivos, inibidores do apetite e que diminuem os efeitos do mal da atitude (soroche), tão comum em regiões muito altas e onde o volume de oxigênio é menor. O chá tem gosto amargo. É vendido em todo lugar, assim como folhas de coca, balas de coca, etc. No hotel, o hóspede ficava a vontade para consumi-lo. 

Cusco é uma cidade muito alta (com 3400 metros altitude). Seu nome significa "umbigo", no idioma quíchua. Era o mais importante centro administrativo e cultural do Tahuantinsuyu, ou Império Inca.
Plaza das Armas - Catedral Basílica da Virgem de Assunção


Catedral Basílica da Virgem da Assunção é o principal templo da cidade de Cuzco no Peru e abriga a sede da Diocese de Cuzco. A Catedral Basílica de Cusco com os templos de Triunfo e da Sagrada Família é o Órgão da Catedral, está localizado no setor nordeste da Plaza de Armas. O lugar era Sunturwasi, o Palácio de Inca Viracocha . O complexo ocupa uma área de 3956 m2. É dos mais importantes monumentos religiosos do centro histórico de Cuzco.

Supõe-se que Sacsaihuaman foi construída originalmente com propósitos militares para defender-se de tribos invasoras que ameaçavam o Império Inca. A construção foi iniciada pelo Inca Pachacuti, antes de 1438. Quem melhor descreve o monumento é o cronista Garcilaso de la Vega, que afirmou que sua construção durou cerca de 50 anos até o período de Wayna Qhapaq; estava concluído na época da chegada dos conquistadores.
Sacsaihuaman está dividida em diferentes setores: Sacsahuaman, Rodadero, Trono do Inca, Warmi K’ajchana, Banho do Inca, Anfiteatros, Chincana, Bases de Torrões, entre outros.
Sua principal característica é a forma em que foi construída; conta com grandes blocos de pedra, alcançando os mais altos cerca de nove metros. Acredita-se que 20.000 homens tenham trabalhado em sua construção.


Centro cerimonial de Qengo
Local onde eram feitos os sacrifícios
Q’enqo é um dos centros cerimoniais de caráter iniciático e astronomico de alto nível. Encontra-se num promontório rochoso de pedra caliza e os sábios andinos
talharam uma grande quantidade de escalões, assentos, tronos, covas, nichos cerimoniais, mesas de oferendas, canais e outros trabalhos de simbologia esotérica.
Q’enqo conta com uma praça semi-circular definido por um parâmetro isométrico com 19 nichos visíveis até hoje. Próximo da grande rocha existe uma grande wanka ou pedra de referencia.

As crônicas dizem que aqui eram feitos sacrifícios humanos

De acordo ao sentido esotérico da vida entende-se que uma iniciaçao criará necessariamente uma mudança substancial na vida do indivíduo que passe por essa experiencia. A Iniciaçao estimula nao somente a modificaçao de conceitos e sim, a transformaçao da vida com relaçao a valores e sentimentos mais puros. O indivíduo é iniciado quando está pronto para aceitar a beleza e a riqueza da vida e compartilhar com ela um mundo superior. A Iniciaçao é um direito de nossa alma.


O ( Inti Raymi), na parte superior da Wakade Q’enqo é onde sao feitos  trabalhos diversos. Há escadas, altares, tronos, canaletas, depósitos para espelhos d’água, muros, fissuras e alguns instrumentos de mediçao, como as suqanqas, saywas ou Intiwatana. Pode- se observar fenomenos únicos capazes de causar Iniciaçoes Solares e seguimentos astronomicos utilizados para medir o tempo.



Tambomachay está localizado a 8 km. a partir de Cusco e 1 km. de Puca-Pucara e está localizado nos arredores de uma colina perto da estrada principal perto de Antisuyo. O nome vem de duas palavras em quechua: Tampu, ou seja, habitação coletiva e Mach'ay, o que significa um lugar de descanso.
É também conhecido como Tambo de la Caverna e leva-se uma área de 437 metros quadrados, localizado ao longo de 3.700 metros de altura. Como o próprio nome indica, pode-se ver cavernas (Machay) nas proximidades, locais onde, segundo a tradição indígena, a magia foi praticada.
A construção foi completamente feito de pedra esculpida e foi formada por quatro paredes ou terraços no morro, feitas por muitos ângulos irregulares bases muito bem montados. Ela mostra quatro grandes nichos ou nichos abobadados em forma trapezoidal de uma média de 2 metros. Em frente do edifício não havia uma torre circular que tinha fins de defesa e comunicação.

Vendedora em meio a suas bonecas e seus gorros

Como o dia era de aclimatação e eu nem tinha parado ainda para o descanso, a sugestão era para comer algo leve para não sentir os efeitos do soroche. O restaurante do hotel era muito bom e a comida muito barata cerca de dez soles. No fim do primeiro dia, um jantar excelente e leve.

Sopa de quinua e suco de fresa