sábado, 25 de abril de 2009

Tempestades

Há momentos na vida em que pensamos que tudo gira em torno de nós e, as vezes, se tem a idéia de que todas as situações também se confrontam contra nós, uma espécie de conspiração mundial contra o simples ser.
Ao invés de prosseguir com a problemática, você já parou para imaginar como impedir que situações simples e insignificantes dominem sua vida?


Muitas vezes nos desgastamos com acontecimentos pequenos que poderiam ser evitados se fossem esquecidos.
Citemos um exemplo dos mais comuns nas grandes cidades: Um mau motorista fecha você pela manhã em uma via movimentada. A raiva naquele momento é inevitável, ao invés de você prosseguir com sua vida e esquecer o mau motorista, você a repassa a alguém, pode até ser de modo indireto, como relatar o fato a um colega de trabalho.

Na realidade, isso é um superdimensionamento que damos a um problema que poderia ser esquecido. Desse caso, tomemos duas realidades: a) o mau motorista em certo momento de sua vida, vai acabar pegando por sua imprudência. b) Poderíamos estar pensando em algo de mais proveitoso do que uma situação que não vai voltar

Alguns dizem que "felicidade é boa saúde e má memória", pode até ser verdade, mas devemos aprender a solucionar certos problemas. Ao lidar com notícias ruins, pessoas difíceis, ou desapontamentos, a maioria de nós desenvolve certos hábitos e maneiras de reagir à vida - e, em particular, à adversidade - que não são exatamente os ideais.

As adversidades podem nos fortalecer, só temos que tirar proveito delas. O ser humano, apesar de necessitar de convivência em sociedade, por instinto, tem a tendência em ser individualista.
Exemplo: Estava na maior vontade de sair e dar uma volta, mas quando ponho o pé fora de casa vem aquela chuva e estraga tudo. Eu fico indignado e falo: tinha que ser hoje?
Dessa situação posso concluir que, a chuva é algo que independe da minha vontade, não posso simplesmente determinar quando deve chover ou não, pelo simples fato que está destruindo o meu dia de balada.

Meu sentimento individualista esquece que a chuva é necessária para gerar a vida, dar água as plantas e animais. Como posso pensar só em mim? A natureza independe de mim, eu estou inserido na natureza e não ela em mim. Não podemos simplesmente determinar o que o mundo deve ser, mas o que devemos ser no mundo.

Para os filósofos, uma pergunta poderia ajudar: Quem sou eu?
A introspecção é o característico da filosofia de Sócrates. E exprime-se no famoso lema conhece-te a ti mesmo - isto é, torna-te consciente de tua ignorância - como sendo o ápice da sabedoria, que é o desejo da ciência mediante a virtude. E alcançava em Sócrates intensidade e profundidade tais, que se concretizava, se personificava na voz interior divina do gênio ou demônio.
Sócrates ensina que para viver bem é preciso pensar bem. Para ele, ser bom é o homem autoconstrutivo a partir de seu centro e que age de acordo com as exigências de sua alma-consciência: seu oráculo interior finalmente decifrado.
Quem era Sócrates?

Sócrates (em grego, Σωκράτης [Sōkrátēs], (470–399 a.C.) foi um filósofo ateniense, um dos mais importantes ícones da tradição filosófica ocidental, e um dos fundadores da atual Filosofia Ocidental. As fontes mais importantes de informações sobre Sócrates são Platão, Xenofonte e Aristóteles (Alguns historiadores afirmam só se poder falar de Sócrates como um personagem de Platão, por ele nunca ter deixado nada escrito de sua própria autoria.).

Os diálogos de Platão retratam Sócrates como mestre que se recusa a ter discípulos, e um homem piedoso que foi executado por impiedade. Sócrates não valorizava os prazeres dos sentidos, todavia se escalava o belo entre as maiores virtudes, junto ao bom e ao justo.
Dedicava-se ao parto das idéias (Maiêutica) dos cidadãos de Atenas, mas era indiferente em relação a seus próprios filhos.
O julgamento e a execução de Sócrates são eventos centrais da obra de Platão (Apologia e Críton). Sócrates admitiu que poderia ter evitado sua condenação (beber o veneno chamado cicuta) se tivesse desistido da vida justa. Mesmo depois de sua condenação, ele poderia ter evitado sua morte se tivesse escapado com a ajuda de amigos. A razão para sua cooperação com a justiça da pólis e com seus próprios valores mostra uma valiosa faceta de sua filosofia, em especial aquela que é descrita nos diálogos com Críton.