domingo, 25 de outubro de 2009

Manaus 340 anos

Natural de Manaus, não tenho como não comentar a passagem de seus 340 anos de fundação.
O que os manauenses podem realmente comemorar?
O auge do ciclo econômico baseado na extração da borracha transformou Manaus em uma cidade moderna, inclusive com estrutura semelhante ao Rio de Janeiro, naquela época a capital federal.
No fim do século 19, impulsinada pelo extrativismo, a cidade passou por grandes mudanças, principalmente, quando o engenheiro militar Eduardo Ribeiro se tornou Governador do Amazonas. Naquela época a cidade não passava de um povoado no meio da mata. Apesar disso, passou por grandes transformações como: os primeiros aterros de igarapés, a abertura das grandes avenidas e boulevares, a implantação da luz elétrica e do bonde. Além disso, foram construídos ainda as pontes de ferro, o porto de Manaus (moderníssimo na época), o calçamento das ruas, a implementação das redes de água e de esgoto sanitário, e os serviços de telefone e telégrafo. O ciclo durou 30 anos. O que restou daquela época senão os prédios antigos e a lembrança do glamour europeu.
Depois disso, a cidade caiu no esquecimento, até que em 1967, o governo federal criasse a Zona Franca de Manaus. Nessa época, cidade passou por um novo boom econômico, mas que também terminou, depois que o Presidente Fernando Collor abriu a economia brasileira para a importação.
Hoje, Manaus possui quase 2 milhões de habitantes, é a principal economia do Estado.
O que lição tomamos dos ciclos gloriosos? Parece que nenhuma!
A crise da borracha mostrou a falta de visão empresarial e governamental, naquela época, não houve alternativa que possibilitasse o desenvolvimento regional, o que ocasionou estagnação da cidade.
Já na crise na Zona Franca de Manaus, o que ficou evidente foi a explícita prioridade que os governos federais dão a Região. Todos falam em Amazônia preservada, mas poucos apontam soluções para os que querem sobreviver por aqui.
Atualmente, uma luz pode estar acesa no fim do túnel. O desenvolvimento sustentável é a solução. O investimento em educação e pesquisas é necessário.
A Amazônia é um grande laboratório de onde se pode tirar da mais rara fragrância para a perfumaria internacional até a cura para doenças.
O que falta é compromisso. Nós amazônidas podemos deixar de ser meros coiadjuvante no cenário nacional e passarmos a exercer papeis fundamentais no desenvolvimento do país.
Sonhamos para que surja um novo visionário porque é desse tipo de gente que precisamos.
Por fim, o que podemos comemorar senão a vontade de viver do povo, a hospitalidade e a criatividade do Caboclo. Fora isso, é difícil falar do que ainda está por aí.


segunda-feira, 27 de julho de 2009

Férias

Depois de quase dois anos em trabalho intenso, vieram as férias de julho. O destino seria Buenos Aires e Bariloche - Uma viagem um tanto Surreal.

Como tudo na vida muda, não seria diferente com meu roteiro portenho. Mais ou menos a quinze dias para embarcar veio a notícia de que o país vizinho, Argentina, decretava estado de emergência devido a gripe suína. Bateu o desespero. Apesar de toda má notícia, depois veio a tranquilidade para planejar tudo de novo. Cancelamentos foram típicos.

Resolvida a questão, o destino refeito, Porto Alegre!
Por sorte, um grupo de amigos estaria indo pra lá no mesmo período. Peguei carona nesse trem e tiramos as férias juntos. O acaso me levou a lugares excelentes e consegui aproveitar alguns pontos interessantes do Sul do Brasil.

Hoje, faltando duas semanas para voltar para o trabalho, me vejo mais relaxado. O período de férias serviu pra que eu pudesse descansar e meditar sobre uma porção de coisas. Há tempo pra tudo e até para viver e reviver.

Já chegando ao fim da viagem, a saudade fica, mas as lembranças são eternas até chegarmos a outros portos e encontrarmos histórias semelhantes. O bom mesmo é conhecer o Brasil.

Fato interessante é mesmo conhecer o povo desse país. No Sul, por exemplo, eu que sou do Norte, consegui me adaptar ao clima, aos costumes, mas nem tanto a alimentação (rs). Apesar de que churrasco por aquelas bandas é sempre bom.
O alimento foi o primeiro obstáculo, mas foi vencido. Tiveram também os sotaques. Apesar de diferentes, como bom jornalista, consegui também me envolver na questão, tão metido que até exerci a função de tradutor para um amigo amazonense.

Em relação ao que pude perceber:
1- Não vivemos numa redoma, há mais coisas lá fora do que posso observar de dentro da minha caverna;
2 - O mundo é grande e diferente, mas se você tiver jogo de cintura consegue se inserir em um segundo. Há meios de ser um bom vivente;
3 - Os lugares e pessoas expressam vida e a vida precisa ser completada. A cada dia um capítulo diferente. Lições diferentes! Não há o que não se aprenda. Obstáculos, preconceitos, pensamentos pequenos podem desaparecer diante de um argumento maior e embasado ao bem comum.
4 - A pequenez faz bem! pois é quando nos sentimos pequenos que podemos crescer. Se você não tem nada, a tendência é que sempre consiga alguma coisa. É sempre assim: quem está no fundo do poço hipoteticamente tem tudo a melhorar;
5 - Amores.... ah, esse não tem explicação, cada qual arranja o seu modo. Essa fórmula aí é complicada e o que dá certo pra um, não vai dar nunca pra outra pessoa.

Eis um resumo, mas não tenho muito o que falar. A maioria das coisas são simples e foram feitas para serem observadas. A beleza é vã como diz Oscar Wilde, mas pode ser vista de diferentes posicionamentos. O belo mundo, a bela vida, a bela face, o belo olhar, o belo dia...

Pra todos vocês, um belo acreditar!!!

Por ultimo, um pouco de humor.

Deixo um link de um clipe que eu vi e ri muito. Conta a história de um cantor canadense que ao viajar, teve seu instrumento quebrado por funcionários de uma grande empresa de avição. O problema dele teve outra cara depois da música que ele fez contando a história. O cara ficou famoso e ainda teve todo prejuízo ressarcido.

sábado, 25 de abril de 2009

Tempestades

Há momentos na vida em que pensamos que tudo gira em torno de nós e, as vezes, se tem a idéia de que todas as situações também se confrontam contra nós, uma espécie de conspiração mundial contra o simples ser.
Ao invés de prosseguir com a problemática, você já parou para imaginar como impedir que situações simples e insignificantes dominem sua vida?


Muitas vezes nos desgastamos com acontecimentos pequenos que poderiam ser evitados se fossem esquecidos.
Citemos um exemplo dos mais comuns nas grandes cidades: Um mau motorista fecha você pela manhã em uma via movimentada. A raiva naquele momento é inevitável, ao invés de você prosseguir com sua vida e esquecer o mau motorista, você a repassa a alguém, pode até ser de modo indireto, como relatar o fato a um colega de trabalho.

Na realidade, isso é um superdimensionamento que damos a um problema que poderia ser esquecido. Desse caso, tomemos duas realidades: a) o mau motorista em certo momento de sua vida, vai acabar pegando por sua imprudência. b) Poderíamos estar pensando em algo de mais proveitoso do que uma situação que não vai voltar

Alguns dizem que "felicidade é boa saúde e má memória", pode até ser verdade, mas devemos aprender a solucionar certos problemas. Ao lidar com notícias ruins, pessoas difíceis, ou desapontamentos, a maioria de nós desenvolve certos hábitos e maneiras de reagir à vida - e, em particular, à adversidade - que não são exatamente os ideais.

As adversidades podem nos fortalecer, só temos que tirar proveito delas. O ser humano, apesar de necessitar de convivência em sociedade, por instinto, tem a tendência em ser individualista.
Exemplo: Estava na maior vontade de sair e dar uma volta, mas quando ponho o pé fora de casa vem aquela chuva e estraga tudo. Eu fico indignado e falo: tinha que ser hoje?
Dessa situação posso concluir que, a chuva é algo que independe da minha vontade, não posso simplesmente determinar quando deve chover ou não, pelo simples fato que está destruindo o meu dia de balada.

Meu sentimento individualista esquece que a chuva é necessária para gerar a vida, dar água as plantas e animais. Como posso pensar só em mim? A natureza independe de mim, eu estou inserido na natureza e não ela em mim. Não podemos simplesmente determinar o que o mundo deve ser, mas o que devemos ser no mundo.

Para os filósofos, uma pergunta poderia ajudar: Quem sou eu?
A introspecção é o característico da filosofia de Sócrates. E exprime-se no famoso lema conhece-te a ti mesmo - isto é, torna-te consciente de tua ignorância - como sendo o ápice da sabedoria, que é o desejo da ciência mediante a virtude. E alcançava em Sócrates intensidade e profundidade tais, que se concretizava, se personificava na voz interior divina do gênio ou demônio.
Sócrates ensina que para viver bem é preciso pensar bem. Para ele, ser bom é o homem autoconstrutivo a partir de seu centro e que age de acordo com as exigências de sua alma-consciência: seu oráculo interior finalmente decifrado.
Quem era Sócrates?

Sócrates (em grego, Σωκράτης [Sōkrátēs], (470–399 a.C.) foi um filósofo ateniense, um dos mais importantes ícones da tradição filosófica ocidental, e um dos fundadores da atual Filosofia Ocidental. As fontes mais importantes de informações sobre Sócrates são Platão, Xenofonte e Aristóteles (Alguns historiadores afirmam só se poder falar de Sócrates como um personagem de Platão, por ele nunca ter deixado nada escrito de sua própria autoria.).

Os diálogos de Platão retratam Sócrates como mestre que se recusa a ter discípulos, e um homem piedoso que foi executado por impiedade. Sócrates não valorizava os prazeres dos sentidos, todavia se escalava o belo entre as maiores virtudes, junto ao bom e ao justo.
Dedicava-se ao parto das idéias (Maiêutica) dos cidadãos de Atenas, mas era indiferente em relação a seus próprios filhos.
O julgamento e a execução de Sócrates são eventos centrais da obra de Platão (Apologia e Críton). Sócrates admitiu que poderia ter evitado sua condenação (beber o veneno chamado cicuta) se tivesse desistido da vida justa. Mesmo depois de sua condenação, ele poderia ter evitado sua morte se tivesse escapado com a ajuda de amigos. A razão para sua cooperação com a justiça da pólis e com seus próprios valores mostra uma valiosa faceta de sua filosofia, em especial aquela que é descrita nos diálogos com Críton.

quarta-feira, 11 de março de 2009

Nossa Língua

A História mostra que uma das formas de dominação de um povo sobre outro se dá pela imposição da língua. Isso porque é o modo mais eficiente, apesar de geralmente lento, para impor toda uma cultura, seus valores, tradições, costumes, inclusive o modelo socioeconômico e o regime político dominante.

Agir em prol da língua pátria, mas sem xenofobismo ou intolerância de nenhuma espécie. É preciso agir com espírito de abertura e criatividade, para enfrentar - com conhecimento, sensibilidade e altivez - a inevitável, e claro que desejável, interpenetração cultural que marca o nosso tempo globalizante. Esse é o único modo de participar de valores culturais globais sem comprometer os locais.

A propósito, MACHADO DE ASSIS, nos deixou, já em 1873, a seguinte lição: "Não há dúvida que as línguas se aumentam e alteram com o tempo e as necessidades dos usos e costumes. Querer que a nossa pare no século de quinhentos, é um erro igual ao de afirmar que a sua transplantação para a América não lhe inseriu riquezas novas. A este respeito a influência do povo é decisiva. Há, portanto, certos modos de dizer, locuções novas, que de força entram no domínio do estilo e ganham direito de cidade."(IN: CELSO CUNHA, Língua Portuguêsa e Realidade Brasileira, Rio de Janeiro, Edições Tempo Brasileiro Ltda., 1981, p. 25; na ortografia original de 1968).

No Amazonas há diversidade de expressões de origem indígena. Que mulher não gosta de ser chamada de Cunhã-poranga? E qual homem já não se sentiu ofendido por ser chamado de pajé?
O bom é falar o caboclês com a liberdade que a imensidão verde nos passa. “A leseira baré é a mais gostosa de se sentir, ainda mais depois de um bom prato de jaraqui, farinha e baião de dois, e aquele copo de vinho de cupuaçu”.
Os manos e manas retratam bem as tradições, os traços caboclos da terra verde. O Ar aqui é diferente - quente como o povo, mas puro como a singeleza da gente.

domingo, 8 de março de 2009

Rédeas aos estranhos

É incrível como a maioria das pessoas delega à outras o controle de suas vidas. Seria o instinto de ovelha (aquele no qual as pessoas sentem necessidade de um pastor para conduzi-las), ou seria falta de responsabilidade ?

São vários os relatos históricos que nos levam a crer nesse tipo de comportamento. Os líderes foram vários: Moisés, Daniel, João Batista, Jesus Cristo, Napoleão, Hitler, Mahatma Gandhi, entre outros. Ao longo da história, a humanidade sempre precisou de líderes, uns para o mal e outros do bem.
O interessante disso tudo, não é a necessidade de liderança, mas a banalização dela.

Permitir tal atitude é abdicar da livre escolha e, portanto, da liberdade.

Talvez isso explique o comportamento, principalmente do povo brasileiro, de se meter constantemente na vida alheia. Isso é comum nas famílias, instituições como igreja e escola, entre outras.

A Bíblia ensina claramente que o homem é um ser dotado de liberdade de escolha. o homem é um ser capaz de decidir a respeito de sua vida. Ele é detentor de volição, e isto é incontestável. Contudo, esta decisão está diretamente atrelada ao que o homem é em sua natureza, ou seja, as decisões dos homens são reflexos do que eles são em sua natureza.

Em I Coríntios, cap. 10, v. 23 diz:
Todas as coisas são lícitas, mas nem todas as coisas convêm; todas as coisas são lícitas, mas nem todas as coisas edificam.

Vamos lá, o importante é pensar e manter o senso crítico.

*O senso crítico, ao contrário do senso comum, está baseado em tudo que é concreto: a reflexão, a análise, a pesquisa e principalmente a crítica.
Culturalmente falando, a essência do senso crítico é muito mais benéfico ao indivíduo do que o comum. Por quê?
Porque utilizando o senso crítico, o indivíduo pensa, reflete, aprimora seu lado intelectual. Começa a pensar de maneira diferente. Quantas vezes deixamos de resolver problemas de maneira coesa por não refletir, estudar a melhor maneira? Com certeza muitas.
Por outro lado, não podemos simplesmente ignorar o senso comum como se fosse ele, o centro de todas as mentiras e inverdades que cercam a sociedade pois ele não é.
Senso comum e crítico possuem a mesma essência, porém explicitas de maneiras diferentes (enciclopédia virtual Wikipedia).

sexta-feira, 6 de março de 2009

Os Juízos

Em tempo de Crise Mundial, quando o foco deveria ser somente o desemprego e os rumos das grandes corporações, outros assuntos dividem a atenção dos mais atentos.
Do lado de fora os especuladores saqueiam “legalmente” os cofres mundiais. A lei de mercado é livre, se retira o que se investiu. No Brasil, a mesma “legalidade”, porém de forma diferente, saqueia os cofres públicos.
Por aqui, o que mais chama a atenção são os freqüentes escândalos nos quais os envolvidos são pessoas pagas pelo povo e que supostamente deveriam atender seus anseios.

No Brasil se discute os altos custos com parlamentares. Eles valeriam a pena se não fosse a falta de compromisso da maioria deles com o povo. De acordo com pesquisa divulgada no Jornal Estado de São Paulo, em 2009, cada senador custará cerca de R$ 34 milhões, quase seis vezes mais do que um deputado federal, segundo o levantamento da ONG Transparência Brasil.

Mas o que levou a isso tudo? Será que Marx saberia explicar? Que materialismo é esse?
Que juízo faríamos disso tudo, o juízo de valor ou de realidade?

Juízo de valor?

*Os juízos de valor envolvem preferências, não são consensuais, não podem ser testados, isto é, a mesma coisa pode ser bem e mal, dependendo da opinião de cada pessoa.
"O juízo de valor que está na base da promoção da liberdade à condição necessária da dignidade humana, é cada pessoa ser considerado o melhor juiz, mesmo que freqüentemente falível, do seu próprio bem.
É a livre expressão deste juízo de valor que está subjacente em todas as declarações sobre os direitos humanos e à defesa das liberdades, direitos, e garantias do ser humano, como indivíduo único. É este juízo de valor que justifica ser a liberdade de escolha pedra angular da dignidade humana." (*)

(*) Adaptado de Fernando Adão da Fonseca, "O Estado Garantia", em http://www.causaliberal.net/convidados/estadogarantia.htm.


Juízo de realidade

*Os juízos de realidade, ou juízos de facto, não possuem caráter valorativo. Reportam-se a algo que pode ser comprovado. Nesse caso, se prende exclusivamente ao fato, ou algo é verdadeiro ou é falso.
Um juízo de realidade pode ser validado com provas e documentos que o confirmem integral ou parcialmente. Pode também ser impugnado como incorreto ou falso. O que não se pode é fazer dele, por qualquer artifício lógico que seja, uma “opinião”, um juízo de valor, a expressão de uma preferência subjetiva.

O objetivo das questões acima não é interferir na mente humana, mas fazer com que ela funcione e tome um posicionamento. O choque é obrigação de todos.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Pão e circo para o povo

Na Roma da Antigüidade Clássica, César dava à massa pobre e faminta os espetáculos vividos no Coliseu; era a chamada política do “Pão e Circo”. Ao povo fornecia-se pão, para saciar a fome, e shows de combates entre gladiadores, para saciar a mente. O povo dificilmente se rebelava contra os governantes daquela cidade, pois estava saciada física e mentalmente।


No Brasil, todos os anos, o mês de fevereiro faz com que o povo reviva essa realidade। Ao contrário das batalhas e das corridas de bigas, se tem o Futebol, Carnaval, entre outras manifestações populares. A diferença entre Roma e o Brasil é exatamente a fome. Ao menos lá, o povo estava alimentado com pão, aqui nem migalhas se tem!


A festa não pode parar porque tudo faz parte do plano, mas que plano? Na realidade, no Brasil, o que há de planejado e organizado, é o crime.


Para aqueles que pretendem refletir, vale a pena deixar uma questão: Devemos nos juntar à folia e deixar a vida correr ou pensar nos problemas e deixá-los nos corroer??




quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

अ Comunicação


A comunicação é parte integrante das necessidades do homem. Durante a evolução da humanidade, a comunicação se consolidou através de várias formas. As sociedades mais primitivas das cavernas usavam os hieróglifos.
Com a evolução dos tempos os homens sentiram a necessidade de registrar os fatos e idéias visualmente, ou seja, de “ler” as informações. Foi então que surgiu - na Mesopotâmia - há cerca de seis mil anos atrás, a escrita como o grande instrumento para a formação das pessoas.
Foi na Fenícia, que possuía um grande comércio no Mediterrâneo, que o alfabeto foi inventado e depois aprimorado pelos gregos e latinos. Mas foi o livro - no ano de 868 - inventado pelos chineses, o grande avanço na história dos povos. Em 1455, Johann Gutenberg criou a imprensa que desempenhou um grande papel na difusão das idéias e na cultura. A leitura foi mais valorizada e passou a ser socializada no seio da sociedade. As informações passaram a circular com maior velocidade, principalmente pelos jornais.

A igreja católica teve um papel importa quanto ao uso da comunicação. Foi a única instituição que sobreviveu à crise do longo período medieval, se constituiu a guardiã da cultura ocidental. Ela detinha poderes políticos, econômicos e militares.
As informações, como instrumentos fundamentais da liberdade, eram todas controladas pela igreja católica. Havia uma hegemonia ideológica que massacrava qualquer tentativa de massa crítica.
Desapareceu o monopólio das informações detido, até então, pela Igreja Católica. Multiplicaram-se potencialmente as publicações reformadoras, que passaram a ser escritas em alemão. Em 1534, Lutero traduziu a Bíblia (Novo Testamento) para o alemão, popularizando-a cada vez mais entre o povo. A partir de então, a Bíblia foi traduzida para pelo menos 2.197 idiomas. Surgia o pensamento protestante tanto para leigos quanto para o clero.
A Reforma trouxe como conseqüências transformações políticas e econômicas que marcaram o início da era moderna.

Hoje, os blogs consolidaram outra revolução na comunicação. Eles aparecem como alternativas às mídia que pertencem às grandes corporações. Os cidadãos passaram a ser jornalistas amadores que conversam entre si.
Antes, os blogs funcionavam como uma espécie de diário, eram muitas vezes restritos aos proprietários das páginas. Agora, os registros possuem maior visibilidade e repercussão.
A democracia virtualmente existe: qualquer pessoa pode apresentar idéias e impressões sobre o cotidiano.

Complementar:

Idéias de Platão para a educação

Platão valorizava os métodos de debate e conversação como formas de alcançar o conhecimento. De acordo com Platão, os alunos deveriam descobrir as coisas superando os problemas impostos pela vida. A educação deveria funcionar como forma de desenvolver o homem moral. A educação deveria dedicar esforços para o desenvolvimento intelectual e físico dos alunos. Aulas de retórica, debates, educação musical, geometria, astronomia e educação militar. Para os alunos de classes menos favorecidas, Platão dizia que deveriam buscar em trabalho a partir dos 13 anos de idade. Afirmava também que a educação da mulher deveria ser a mesma educação aplicada aos homens.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

अ sabedoria


Sabedoria (em grego Σοφία, "sofía") é o que detém o "sábio" (em grego σοφός, "sofós"). Desta palavra derivam várias outras, como por exemplo, φιλοσοφία -"amor à sabedoria" (filos/sofia).

Há também o termo "Phronesis" - usado por Aristóteles na obra Ética a Nicômaco para descrever a "sabedoria prática", ou a habilidade para agir de maneira acertada".

É um conceito diferente de "inteligência" ou de "esperteza".

Mesmo para "sophia" há conceitos diferentes: muitos fazem distinção entre a "sabedoria humana" e a "sabedoria divina" (teosofia).

Sabedoria humana seria a capacidade que ajuda o homem a identificar seus erros e os da sociedade e corrigi-los.

Sabedoria divina será provavelmente a capacidade de aprofundar os conhecimentos humanos e elaborar as versões do Divino e questões semelhantes.

Na Bíblia Sagrada (versão revista da tradução de João Ferreira de Almeida) pode-se encontrar, dentre muitos outros, os seguintes versículos referentes à sabedoria:

"Ora, se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente e não censura, e ser-lhe-á dada." (Tiago 1:5)

"Feliz é o homem que acha sabedoria, e o homem que adquire entendimento; pois melhor é o lucro que ela dá do que o lucro da prata, e a sua renda do que o ouro". (Prov. 3:13-14)

No estudo da Filosofia temos a figura de Sócrates.

Sócrates deve ter nascido em 470 a. C, em Atenas, e morreu 390 a.C. Era filho do escultor Sofronisco e da parteira Fenarete. Tudo o que sabemos sobre ele se deve a Platão, seu discípulo. Segundo Platão (Teeteto, 149 a), Sócrates comparou a sua obra de mestre à arte da mãe.

Sócrates é uma das principais figuras da Filosofia Antiga e um dos filósofos mais conhecidos de toda a História da Filosofia. No entanto, deste grande mestre do pensamento nada ficou, por si, escrito.

Fez a sua educação em Atenas, terá estudado geometria e astronomia. Ter-se-á ausentado, de Atenas, apenas por três vezes para cumprir os seus deveres de soldado e participou nas batalhas de Potideia, Délios e Anfípolis. No entanto, aquele que é considerado o pai da Filosofia, nunca participou da vida política.

Todavia, sabe-se que se dedicou, sobretudo, ao ensino e ao conhecimento da virtude. A sua pedagogia visava libertar a consciência da opinião errada e da opinião dos outros, no sentido da descoberta, por si mesmo, da verdade.

Ele entendia a investigação filosófica como um exame incessante de si próprio e dos outros।

*A sabedoria é o tema inicial।


Sócrates nos ensina o pensamento: “Conhece-te a ti mesmo”. E fez do filosofar um exame incessante de si próprio e dos outros: «de si próprio em relação aos outros, dos outros em relação a si próprio.»

A saberia tem um laço estreito com a humildade. Reconhecer que não se sabe o suficiente é um ótimo passo para o sábio. O sábio que não tem humildade é amaldiçoado com a prepotência que o impede da busca pelo conhecimento.

Para isso devemos conhecer a “Tábua Rasa” nome por que é conhecida a analogia utilizada por Aristóteles, mas por vezes também associada ao filósofo empirista inglês John Locke para ilustrar a ideia de que todo o conhecimento tem origem na experiência.

Locke compara a nossa mente a uma folha de papel em branco, ou a uma superfície completamente lisa e sem qualquer sinal nela inscrito ("tabula rasa", em latim), mas onde as impressões colhidas do exterior pelos nossos sentidos deixam as suas marcas.

É a partir dessas impressões - que a nossa mente se limita a organizar - que se formam todas as ideias, mesmo as mais abstratas. Não há, pois, conhecimentos a priori nem ideias inatas. Todo o conhecimento é adquirido através dos sentidos.